Estreias

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Crítica - 'A Garota Dinamarquesa'



   Não há dúvidas que Eddie Redmayne é um dos grandes nomes do cinema atual. Após ganhar o Oscar no trabalho magistral em ‘A Teoria de Tudo’, o ator emenda mais uma atuação genial vivendo Einar Wegener, o primeiro homem a realizar o procedimento de troca de sexo no ano de 1929 em ‘A Garota Dinamarquesa’, no novo projeto do diretor Tom Hooper - ganhador de um Oscar em ‘O Discurso do Rei’.                



    Baseado no livro de David Ebershoff, o filme se passa em Copenhagen na década de 20 acompanhando o casal de pintores, Einar Wegener (Eddie Redmayne) e Gerda Wegener (Alicia Vikander). Pleiteando por atenção e sucesso como seu marido, Gerda implora para Einar se vestir de mulher para finalizar uma obra. Porém, o que parecia uma simples brincadeira inicia uma jornada de auto-descoberta para Einar.

    Conhecido por bater sempre na mesma tecla em seus trabalhos, aqui não é diferente para Hooper. O cineasta exagera no drama reforçando ao longo da execução que seu personagem quer ser uma menina e expande o tempo de duração de certas cenas que poderiam ser mais curta.  Sem a mesma sutileza de desenvolver a narrativa como Eddie Redmayne, o ator carrega o filme nas costas se entregando de corpo e alma para a construção de um personagem difícil; sua transformação é incrível contando com a ajuda de uma competente direção de arte.    
 
    Mas quem rouba a cena em ‘A Garota Dinamarquesa’ é Alicia Vikander. Conhecida nesse ano por entregar atuações impressionantes em ‘Ex-Machina’, ‘Testamento f Youth’ e ‘O Agente da UNCLE’, a atriz realiza uma atuação genial. Sua maneira de transitar do ódio por ver seu marido uma mulher ao passar a ser o ombro amigo de Einar é um desempenho digno de ser não apenas indicada ao Oscar, mas sim estamos vendo a melhor atriz coadjuvante do ano!     

    Contando com belas ambientações valorizando os belíssimos cenários e uma linda trilha sonora, porém excessiva. ‘A Garota Dinamarquesa’ tinha potencial e trouxe ao cinema um tema interessante que é debatido nos dias atuais, mas acaba sendo uma história despretensiosa caindo em mãos erradas do cineasta Hooper que apenas contou com um elenco de primeira para carregar o filme.


NOTA: 6,1



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